Projeto OLHO DO TEMPO
“No Olho do Tempo Restante”
Faixa instrumental gravada de maneira D.I.Y./F.V.M. em 23/12/2016
Imagens gravadas de maneira D.I.Y./F.V.M. entre 2014 – 2017
Clipe editado, pirateado e divulgado pela ZAT Cinzenta em 25/03/2017
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“Fecho os olhos e escuto O mar que há em mim É noite… Vejo a cadência das ondas Iluminadas pelo anel de prata De uma imensa e incandescente lua cheia Que me observa e conversa comigo Reativa meus sentidos adormecidos Provoca meus olhos secos e enrijecidos Expõe as marcas de um coração ferido Vermelho, negro, vivo Aquecido pelo calor do amor clandestino Pela vontade de lutar e não aceitar A imposição de um destino Uma menina e um menino Dentro de mim, sorrindo Lágrimas caindo, se espalhando Como as ondas do mar nas pedras se chocando Num movimento calmo e revoltado Influenciado por um forte vento de mudança Na memória, o que foi vivido O recente e o quase esquecido As pegadas que encontrei no caminho No canteiro, o cheiro… Do mastruz e da erva-cidreira Me diz que aqui estou, mas daqui não sou Um vôo na empírica transcendência De um mergulho no olho do tempo restante Na imensidão do eterno em um instante Uma encruzilhada revela o brilho de suas trilhas Sob o horizonte enegrecido e estrelado Abro os olhos… Cérebro extasiado Batimento cardíaco acelerado Sou eu E não tem fim Preciso continuar caminhando…”
– Olho do Tempo. Versos vomitados sob a luz da última lua cheia de 2016.